Moda “tal mãe, tal filha”: tendência e expressão afetiva
Os looks coordenados transmitem mensagem de carinho e cumplicidade
Olá pessoal! Hoje eu converso novamente com a estilista Bia Lacerda, que tem uma marca de roupas para crianças e adolescentes de 1 a 14 anos de idade: a Petit Betina. O nome é uma homenagem à sua filha Betina. Um dos destaques da marca é a linha “tal mãe, tal filha”, com peças especiais para as mamães também. A tendência está em alta, com o uso de peças idênticas ou similares, ou com elementos em comum que criam uma harmonia no visual. Uma boa pedida para o Dia das Mães.
Marianna Meireles – Bia, você percebe um crescimento no consumo de moda infanto-juvenil?
Bia Lacerda - Sim, o crescimento é nítido. As meninas, além delas terem acesso a mais produtos, elas já sabem o que elas querem usar. Então, diante disso, a gente vê meninas que não querem usar vestidos e outras que amam. E, hoje em dia, a gente tem muito mais possibilidades. São mais marcas de moda infantil, com mais ofertas. Tem meninas que amam o estilo girly. Tem aquela que é mais esportista. Tem aquela que é mais grunge. Então, eu acho que isso também aumentou a possibilidade do consumo. Porque antigamente a gente ficava só centrada em vestido, short, calça. Agora não. São estilos, né? E elas se veem muito nessa coisa do estilo, já desde cedo.
Foto: Acervo
Marianna Meireles - E que fatores têm influenciado o gosto de meninas e adolescentes para a moda, na sua opinião?
Bia Lacerda - As meninas estão com muita informação de moda, de tendência, com essa coisa do tik tok, stories, reels. Elas têm muito acesso. Não adianta. Mesmo que elas não tenham redes sociais, elas respiram isso. As amigas contam, elas frequentam os lugares, elas vão aos clubes. Então, elas estão muito atentas ao consumo. Elas já sabem o que querem vestir, o que querem usar, quais são as artistas que as inspiram, quais são as músicas, as cantoras. Então, elas já estão vindo meio prontas. Já sabem exatamente o que elas querem e isso influencia diretamente no consumo.
Foto: Acervo
Marianna Meireles - E quais são as suas maiores inspirações nas confecções das suas roupas?
Bia Lacerda - Na Petit Betina, a gente busca trabalhar sempre o diferencial, que eu acho que é o DNA da nossa marca. A gente está sempre buscando misturar os tecidos. A gente só trabalha com algodão, com viscose, mas a gente busca diferenciar sempre, com uma moda mais lúdica, bem autoral. Bem nossa, sabe? E sobretudo, também peças delicadas. Além de delicadas, confortáveis. Quem é que vai querer usar uma roupa que não seja confortável, ainda mais criança? E as inspirações da Petit Betina são as memórias de quando ela era pequenininha. Memórias minhas também, da minha avó, da minha mãe. É uma coisa cultural que vai passando de geração em geração. Por isso, criamos também a linha “tal mãe, tal filha”, que é um sucesso. A Betina está crescendo e crescendo com as meninas. E crianças têm que se vestir como crianças, na minha opinião.
Foto: Acervo