"Hair", espetáculo musical em cartaz, faz curta temporada

Faça amor, não faça guerra (Make love, not war)

"Hair", espetáculo musical em cartaz, faz curta temporada

Foto: Divulgação

Este musical fala sobre paz e amor, "peace and love". Um protesto de tantos jovens americanos que morreram nessa guerra, que não era deles, foi imposta à eles. Muitos rapazes "piraram", se viciaram em drogas lícitas e ilícitas, em remédios como a morfina, para combater a dor da ferida real da guerra, assim como a dor da alma. Os americanos fabricaram uma juventude que ainda traz nos  "homeless" o resultado final da loucura, quando digo loucura, digo a insanidade mental mesmo, que a guerra deixou. 

Esse musical foi também um protesto da história de dois rapazes no auge dos seus 18,19 anos, um rico e outro de classe média que foram convocados, um foi e outro não foi, para atender a convocação do exército americano. Tem um "SCORE MUSICAL", composto por lindas canções como "Let the sun shine in", "Aquarius", "White boys / black boys", "Lady Madonna", Easy to be hard" e outras canções. Vi esse musical quando criança, na verdade era uma pré-adolescente em São Paulo com minha mãe, onde estavam Sônia Braga e Armando Bógus e tantas hoje estrelas do nosso país. Vi na Broadway também, onde o nú em cena chocou o mundo, era um protesto. Era um momento histórico como foi o "Woodstock". Os Estados Unidos tinham sofrido o assassinato de seu presidente, os momentos de racismo vigente com palavras dos seus líderes do poder negro Malcolm X, Angela Davis, Martin Luther King, Dubois e tantos outros.

Esse musical é sem dúvida algo que tem que ser visto e degustado, para que possamos entender tantos problemas sofridos pelos nossos vizinhos de América. 

Fora isso, quem for ver o musical, agora em cartaz no Rio de Janeiro, veja também o filme de Milos Forman (1979). A história é a mesma do rapaz Cloude que se encontra com os hippies, que também foi um movimento de protesto, onde Berger é o líder interpretado por Rodrigo Simas nesta nova versão de Charles Moeller e Cláudio Botelho. As coreografias são lindas, do mestre em movimento Alonso Barros. Temos um elenco bem competente, com Tati Lopes, uma comediante, que é uma atriz de musical. Fica difícil mencionar todos, mas sem dúvida são muitos talentos reunidos, além da linda produção.

Então vá lá e deixe o SOL ENTRAR NA SUA VIDA!  A temporada está no Teatro Riachuelo e como todos os musicais, devido ao seu alto custo, não ficam muito tempo em cartaz, portanto não percam esta oportunidade!

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